sexta-feira, 13 de julho de 2007

Rimas amargas

RELEMBRANDO

A boca vomitando palavras benditas de um amor prescrito.

As lembranças pairando por entre todos os sorrisos que fossem nossos.

Em nós, todos os pecados do mundo, e os expiávamos,

pagando as dores de gestos que nunca foram nossos.

Nossa loucura jogada no mundo, entre cores, flores e relvas,

a tua eterna maneira de ser mulher.

Teu corpo em flor, perdido entre meus braços, pedindo a ti

os sabores da corrupção de tua libido virginal.

Teu delírio se fez meu e, nossos corpos, tornaram-se

filhos de uma mesma causa, perdidos entre as loucuras e

insanidades de nosso amor imperfeito.

Éramos, pois, propriedades mútuas

de uma paixão ilimitada, que jazia no mar, que volvia à terra e

passeava por entre os mortais travestido de amor passageiro.

Tuas forças eram tão minhas que se perdiam em mim,

por saberem-me gêmeo de tua alma, cúmplice dos mandos supremos.

Tínhamo-nos em casas, sonhos, relvas, murmuros, rios, sussurros;

e a bendita água inundando-nos o espírito,

tão elevado por coisas de nosso passado,

que tampouco compreendíamos.

Amava-te esquizofrenicamente e, em tua vida, achava o algo me fazendo ver,

na luta, a busca eterna de minhas perguntas, a fuga das minhas respostas.

Sempre teimei em fugir do encontro comigo mesmo.

Sempre fugi daquilo que sempre fui eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

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