segunda-feira, 16 de julho de 2007

Palavras sutis

ANGELICAL

Ah, amiga, tu bem sabes que és meu doce anjo,
e, nesta tua doçura, deleita-me, extasia-me;
faz brotar em minha face um sorriso que é pura paixão,
uma alegria nascendo da tua simples existência.
Mas, estou triste.
Teu amor está tão distante e intocável,
a tua voz ainda me habita,
como som nenhum jamais foi ouvido;
meus olhos são dependentes de te ver sorrir.
Minha alma vive com a tua.
Em verdes montes, em colinas infinitas, entre céus e mares,
um corpo ama ao teu toque, choras ao teu adeus e
sofre à mínima menção de ver-te partir.
Mas, a tua partida já é real e teu adeus não quer partir.
Então, fica. Fica, pois te amo tanto e
sei este amor também partir de teu peito.
Fica, pois já se faz tarde, a noite está caindo e
o mundo está se fechando,
e cada lágrima é uma tristeza que cresce,
é uma saudade que aperta,
é uma despedida que se repete.
Ah, amiga, tu conheces a dor da perda,
porém, ao menos sabes dos dissabores da luta.
Canso-me e, por vezes, penso ser melhor a tua partida.
Mas, ela será dolorosa, pois verei a despedida da mais bela chance
de ter-me em um amor eterno.

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