quinta-feira, 5 de julho de 2007

De encher a alma

Presenças etéreas
Por que me assombram os fantasmas sepultados?
O que querem de mim, seres diabólicos?
Por que me fitam com seus olhos de volúpia
disfarçados sob a égide do desprezo?
Por que me enlouquecem?
Por que me torturam com sua sedução profana,
com seus seios bojudos, com seus lábios sem promessas?
Sumam de minha mente, pois estou entristecido, mudo
e minha vida não cederá aos seus bruxedos poderosos,
antes, perdurará em sua constante busca de liberdade eterna.
Não se dispam defronte meus olhos estatelados,
não dancem nus perante a minha presença estupefata,
pois, serão artimanhas funestas, desesperadas e sem sentido.
Não me mostre o seu dorso de penugens douradas e
nem me ofereça teu pescoço esguio e longo.
Estas são seduções que ignoro ou pelo menos tento.
Não se pronunciem com voz doce e mansa,
pois mansidão só existe longe de teus tormentos.
Esconjuro-te, doces espectros, pois, temo avivar em mim
as coisas que há tempos tuas ausências sepultaram.
Sumam enquanto há tempo para nós não nos desviarmos,
não nos perdermos, não sucumbirmos a nós mesmos

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