terça-feira, 17 de julho de 2007

Poesia existencial

Equilíbrio
A tênue linha em que me equilibro
divide o oceano das minhas conturbadas emoções.
Caminho entre opostos, vivo entre eles.
Amor, morte, desprezo, vida.
Equilibro-me em meu desequilíbrio,
pois temo cair tanto lá quanto acolá,
afinal toda queda tem sua dor.
E toda dor ecoa em cada recanto,
em cada sonho, em cada lembrança.
Melhor, então, é ser equilibrista
para poder me afastar de tormentos,
monstros domáveis e indomáveis,
criados ou não pelas minhas insanidades.
Caminho entre opostos, fujo de mim mesmo.

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