segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Palavras

VÔO

O precipício.
E a minha vida salta, tentando alçar vôos imensos,
maiores que a própria capacidade que tenho
de sonhar - me super - homem.
A queda.
E tudo que fiz passa aos meus olhos em uma rápida
lembrança de coisas feitas. Lágrimas, loucuras,
raivas, desafetos, mágoas.
Um turbilhão de sentimentos e pessoas.
Amores, dissabores. Vidas.
O choque.
Vejo tudo se esfacelando, perdendo - se. Morrendo.
Queria ter vivido o que sonhei. Ao menos uma parte,
e, talvez, eu morresse mais feliz, sorrindo e,
deste sorriso, sairia vida.
E a alma voa, eterna, planando sobre outros corpos,
sobre outras vidas, sabendo ter de procurar, eternamente,
o desconhecido de saber viver.

Nenhum comentário: