segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Palavras

BELO

As coisas da beleza são, por vezes, fulgazes e inesperadas.
São fúteis e hipócritas,
parecendo se bastarem apenas por serem belas.
São tristes e melancólicas, pois falta um brilho
lembrando que elas fazem parte do real e,
por mais que tentem se auto - bastar, não conseguirão.
Afinal, elas são humanas.
Há na beleza algo de misterioso,
de desconhecido, de inesperado,
que sempre surpreende em horas imprevistas,
por ter na inconstância, par perfeito.
Existe também nas coisas belas,
a sede da conquista de seres indomáveis,
que, após saciada, retornará à tona,
perseguindo outro algo livre.
Mas, há na beleza algo de envolvente e radiante,
sorrindo para o objeto conquistado,
que o faz esquecer das dores passadas.
Há de se louvar, pois, tudo
o que é povoado de beleza,
pelo simples poder de seduzir
sem ocultar a face negra.
O belo vence não por motivos favoráveis,
mas, por ser unicamente belo.

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