quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Palavras

RUMO

Desencontro a tua boca para suspirar coisas de amor melancólico,
qual um desabafo desconsolado de algo cabisbaixo
que nunca se permitiu o amor.
Percorro resquícios de minha vida para tentar algo de terno.
Ah, como por vezes faz falta ter boas lembranças que não carreguem,
em si, nada de tristeza ou mágoa passada!
Procuro amores em verdes campos, em gélidos riachos de serra,
em tórridas temporadas, em pessoas distantes.
E mergulho em mim, perco - me em devaneios profanos,
em sonhos libidinosos.
Só em quimeras a ilusão de ser tão desejado.
Deixo - me calado e prometo voltar
assim que me achar em algum lugar que não seja tão triste.

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