segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Palavras

SOBRE AS DÚVIDAS

Minhas dúvidas são corrosivas, ácidas,
filhas de minha humanidade.
Feridas expostas à mente, fétidas, apodrecendo, ardendo,
tornando- se retratos meus.
Minhas dúvidas são minhas,
possuem minhas marcas e minha insanidade.
Minhas dúvidas são vagas, inatingíveis,
coisas de meu cérebro ocioso;
absorvem um pouco de incoerência e
minha ânsia de não viver.
Junho/1992

Um comentário:

O Amor disse...

Paulo, bom dia!

Jà que fazem surgir belos poemas como esse, então... um viva às dúvidas!

Um abraço, Poeta!